segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A tecnologia por trás da HDTV 3D

Saiba o que a indústria deve usar nos lançamentos que chegam ainda este ano.

fullhd3d_150.jpgOs televisores com tecnologia 3D já são uma realidade. E parece que foi ontem que os televisores de alta definição (com 1080p e 120Hz) estavam no topo da lista de desejos em eletrônicos.
Mas há, sim, uma diferença: a tecnologia 3D não é nova, embora somente agora esteja sendo usada para equipar modelos topo de linha de HDTVs, e embora empresas como Sony e LG estejam preparando grandes campanhas para disseminar os televisores com 3D, ainda existem dúvidas que precisam ser resolvidas.
Os óculos convencionais (com lentes vermelhas e azuis) são um ícone da tecnologia 3D, chamada de Anaglyphs. Cada lente leva o olho a receber imagens separadas, baseando-se na cor filtrada pela lente. E quando o cérebro coloca essas duas imagens juntas é possível perceber a profundidade do campo. Este é o princípio básico da tecnologia 3D.
Óculos 3D
Um resultado melhor que o oferecido pela tecnologia Anaglyphs pode ser obtido usando imagens polarizadas, com  óculos que simulam uma profundidade de campo.
O 3D Polarizado utiliza a mesma ideia da sobreposição de duas imagens na tela que são filtradas pela lente do óculos. Mas em vez de fazer a filtragem baseando-se nas cores, esses óculos 3D limitam as luzes polarizadas. A integridade das cores é mais ou menos mantida usando este método, e o 3D polarizado é o padrão atualmente usado em filmes IMAX 3D.
Outra técnica 3D que utiliza óculos é a Shutter. Enquanto as tecnologias Anaglyphs e Polarizado filtram imagens não desejadas, os óculos Shutter impedem que a imagem chegue até seus olhos. Cada lente faz um movimento de abre e fecha alternado, bloqueando um olho de cada vez.
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As lentes estão em sincronia com um transmissor que diz qual olho deve ser bloqueado de acordo com a imagem 3D sendo exibida. O problema é que esta não é uma tecnologia passiva.
Os óculos Shutter necessitam de fonte de energia que acionam os componentes mecânicos e também para receber os sinais. Por enquanto, sem muita popularidade, estes óculos têm preço de venda a partir de 70 dólares. Ah! Os óculos Shutter também necessitam de um monitor com alta taxa de frequência.
Ainda não é certo de que as HDTVs de 240Hz terão uma melhora de imagem sobre os televisores com 120Hz, mas não há dúvidas de que esta tecnologia será necessária para um bom aproveitamento da tecnologia Shutter 3D. Taxas menores poderão tornar perceptíveis as transições de quadros na tela e nos óculos.
A seguir: 3D sem óculos
Para quem não gosta de usar esses óculos para assistir aos filmes, saiba que já existem opções disponíveis, mas não espere vê-las tão breve no mercado. Um dos destaques é a tecnologia com lentes Lenticular.
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A técnica usa da magnificência para melhorar uma imagem a partir de um determinado ângulo. Se você combina duas imagens separadas com duas lentes Leticular diferentes, você consegue produzir o efeito 3D necessário.
Novos dispositivos
Não se surpreenda se, ao adquirir um televisor desses a partir do final deste ano, e quando for usá-lo perceber que não tem efeito 3D algum. Além dos óculos e da nova TV, ainda há alguns pormenores que farão da transmissão 3D o mesmo drama sofrido durante a migração para a HDTV.
Você precisará de novos cabos HDMI spec 1.4. Além do 3D, a nova interação com o HDMI irá suportar espaços de cores mais expandidos, resolução 4K (4 vezes mais que a resolução padrão 1080p) e Ethernet sobre HDMI (compartilhar conexão internet pelo cabo HDMI).
Com relação aos conteúdos em 3D, muitos desenvolvedores estão criando suporte para a tecnologia, mas provavelmente você terá de comprar um Box com suporte ao 3D.
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Para quem tem o PlayStation 3, saiba que a Sony irá oferecer suporte a filmes em 3D. No entanto, outros tocadores de Blu-ray aindam precisam verificar seu suporte e talvez seja necessário comprar um novo hardware.

Tecnologia 3D usa lentes para 'enganar' cérebro humano

A grande aposta dos fabricantes de TV para 2010 é colocar no mercado aparelhos com tecnologia 3D. Diversos modelos foram exibidos na Consumer Eletronics Show (CES), feira de produtos eletrônicos realizada em Las Vegas, indicando que essas alternativas de alta tecnologia devem deixar de ocupar somente as salas de cinema para invadir nos próximos anos a sala de estar dos consumidores.
A TV 3D promete mais diversão aos usuários, dando a eles sensações de profundidade: com isso, o telespectador tem a impressão de “entrar” em uma cena e não somente visualizá-la. O sucesso do filme “Avatar”, de James Cameron, confirma a aceitação dessa tecnologia: o título já acumulou US$ 1 bilhão em bilheteria em todo mundo e está a caminho de bater o recorde alcançado por outra produção do próprio Cameron, "Titanic", que arrecadou US$ 1,8 bilhão.

TV 3D foi destaque na CES

  • Paul Sakuma/AP Photo
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Imitação
A tecnologia 3D nada mais é do que uma imitação dos olhos humanos. Para entendê-la melhor, é preciso compreender o funcionamento da visão, chamada de binocular. Como os olhos são separados, cada um deles vê os objetos e pessoas à volta com uma perspectiva diferente. No cérebro, as imagens são mescladas e a diferença de visão é usada para calcular a distância. Desta forma, cria-se a sensação de profundidade.
Nos filmes convencionais, o ser humano vê somente a altura e largura do que aparece projetado na tela. Já os filmes 3D usam dois projetores, gerando duas imagens. Nesses casos é preciso o uso de óculos para ter a sensação de profundidade. Cada lente dos óculos filtra uma imagem, imitando, assim, as cenas vistas por cada um dos olhos, conforme explicam os desenvolvedores da Sony.
Depois, o cérebro combina as imagens para dar o resultado em três dimensões, com profundidade, distância e posição dos objetos em cena. Como são duas imagens projetadas ao mesmo tempo na tela – softwares se encarregam de enquadrá-las -, sem o uso de óculos o telespectador verá a imagem embaçada.
Alternativas
Algumas salas de cinema já estão adaptadas à tecnologia 3D. Para isso, foram necessárias novas formas de projeção e telas adaptáveis. A aposta é levar o 3D digital para os lares dos usuários. Fabricantes de televisores trabalham em conjunto com canais digitais, players de Blu-Ray e fornecedores de TV a cabo para ter a tecnologia já em 2010.
Uma outra aposta é aproveitar as telas LCD para dar a sensação de profundidade sem o uso de óculos especiais. Para isso, as duas imagens emitidas simultaneamente passam por uma lente no cristal líquido, que faz com que o cérebro perceba apenas uma imagem tridimensional.
O maior problema encontrado até agora é o custo. As próprias salas de cinema 3D já possuem preços bem maiores se comparados aos das salas convencionais – em alguns casos, o preço do ingresso para filmes com a nova tecnologia chega a ser quase o dobro.
Provavelmente, as primeiras televisões 3D só serão acessíveis a públicos de alta renda, como acontece com toda nova tecnologia, até que seu preço caia e o produto se popularize. Até lá, resta se contentar com o cinema para conseguir a sensação de que o telespectador não está apenas assistindo, mas também participando, das cenas exibidas na tela.

Tecnologia 3D revolucionará modo de assistir TV em 2010


A revolução da imagem em 3D chegará aos lares neste ano, após o bem-sucedido desembarque nas salas de cinema em 2009, onde os filmes como AvatarUp - Altas aventuras e Monstros vs. Alienígenas acabaram com qualquer dúvida sobre a atrativa e rentável tecnologia.
Ainda no primeiro semestre, as grandes lojas começarão a vender as telas planas adaptadas para a emissão em 3D de fabricantes como Sony, Panasonic, LG, Toshiba e Samsung, que aproveitaram a participação nesta semana na feira Consumer Electronics Show (CES) em Las Vegas para apresentar seus novos produtos.
Entre as novidades estarão televisores equipados com imagens em 3D e modelos em 2D aptos a receber o novo sistema se o usuário assim quiser no futuro.
De qualquer forma, serão necessárias óculos polarizados ao estilo dos utilizados atualmente nos cinemas para assistir as imagens em 3D no conforto da sala de casa.
O setor da eletrônica colocou grandes esperanças no mercado doméstico de 3D, que se espera cause uma revolução para as vendas de equipamentos destinados ao entretenimento no lar, especialmente para os reprodutores Blu-ray, que não cumpriram com as expectativas com as quais saíram ao mercado: terminar com o reinado do DVD.
Além dos novos televisores, Samsung e Sony já anunciaram que as produções de Hollywood em 3D estarão disponíveis para o consumo doméstico por intermédio do Blu-ray e que serão colocados à venda novos dispositivos já com esta tecnologia.
Ficaram sem resposta, no entanto, as perguntas quanto ao preço que a novidade chegará ao consumidor, embora alguns analistas afirmem que é de se esperar que os primeiros modelos devem chegar com preços elevados para o cidadão médio.
Um dos poucos a se aventurar neste terreno, o jornal britânico Daily Telegraph, previu a venda dos televisores em 3D no Reino Unido com preços que devem oscilar de US$ 3 mil e US$ 5 mil (de 2 mil euros a 3,5 mil euro).
O alto custo poderia atrasar a implantação desta tecnologia nos lares, embora se considere uma questão de tempo os preços encontrarem o equilíbrio, como costuma ocorrer com as novidades dos produtos eletrônicos.
Um dos fatores-chave para dinamizar o mercado será a oferta de conteúdos, que até agora são poucos no que diz respeito à televisão. Neste ano, um campo que começará a florescer graças às produções em 3D de Hollywood e a criação de programação por meio de canais como o esportivo ESPN e o de documentáriosDiscovery.
Filmes como Avatar, que já é a segunda maior bilheteira da história do cinema só atrás de Titanic, ainda tem pendente sua comercialização em Blu-ray e DVD, algo que não ocorrerá antes do Oscar, em março.
As mais que prováveis estatuetas do último filme de James Cameron ajudarão a manter o interesse sobre a produção que nasceu pensada para ser vista em 3D e que buscará manter esse formato quando for vendida para o consumidor doméstico.
Quatro dos 10 filmes que mais arrecadaram no mundo todo em 2009 foram exibidos em 3D, AvatarUp-Altas aventurasMonstros vs. Alienígenas e A Era do Gelo 3, além de outras como Um conto de Natal com Jim Carrey e Coraline, uma tendência que se consolidará em 2010 com títulos como Alice no País das Maravilhas e Shrek para Sempre, entre outros.
A rede de televisão a cabo ESPN estreará em junho um novo canal, ESPN 3D, com a transmissão de jogos do Mundial de Futebol da África do Sul entre as seleções do México e o país anfitrião, à qual se somarão outras 24 partidas do campeonato.
No total, a rede esportiva vai transmitir 85 eventos em 3D durante o primeiro ano do serviço, enquanto aDiscovery, em aliança com Sony e Imax, lançará outro canal, ainda sem nome, para distribuir a cabo e por satélite conteúdo em 3D.
Falta saber quais são os planos das grandes empresas de tecnologia para o setor do videogame, onde o 3D oferece, sem dúvida, um universo de possibilidades.

Como funciona a tecnologia 3D?

Tecnologia já é realidade em cinemas, televisores, na internet e até mesmo em celulares. Saiba como funciona o 3D.

Realidade em três dimensões. Certamente você já ouviu falar sobre esse conceito. Os efeitos em terceira dimensão estão se tornando cada vez mais comuns em nosso cotidiano e, para um futuro próximo, parecem estar encaminhando para se tornar a nova febre do mundo do entretenimento.

Mas o que poucos sabem é que, embora esta tecnologia só agora tenha começado a se desenvolver, seus princípios e as primeiras experiências já têm  mais de meio século. Para se ter uma ideia em 1952, nos Estados Unidos, foi exibido o primeiro filme em 3D nos cinemas. Claro, nada como é apresentado nas modernas salas de hoje em dia, mas a experiência de ter a impressão de ver as imagens saindo da tela – ainda que precária – causou furor no público.

Assim, durante toda a década outras experiências foram feitas, mas à época as prioridades eram outras. Era preciso aprimorar o som, o formato de exibição de imagem, reformar as salas de cinema e aprimorar os óculos de papel - com uma lente azul e outra vermelha – que além de ser desconfortáveis causavam dor de cabeça e enjoo em algumas pessoas.

Afinal, como é feito o 3D e por que vemos em três dimensões?

A terceira dimensão não existe,  é apenas uma ilusão da sua mente. Literalmente. E isso é possível graças a um fenômeno natural chamado estereoscopia. Apesar do nome complicado trata-se apenas da projeção de duas imagens, da mesma cena, em pontos de observação ligeiramente diferentes.

Seu cérebro, automaticamente, funde as duas imagens em apenas uma e,  nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos, gerando uma ilusão de visão em 3D.

Para que isso seja possível, no entanto, a captação dessas imagens não é feita de uma forma qualquer. Lembre-se que o efeito 3D é composto por duas imagens projetadas em pontos distintos. Logo, na captação, devem ser filmadas duas imagens ao mesmo tempo. Essa correção de enquadramento é feita por softwares específicos, em tempo real, que reduzem as oscilações na imagem, deixando a composição mais realista.
A sua percepção é que faz a diferença no 3D

A câmera estereoscópica simula a visão do olho humano. Cada lente é colocada a cerca de seis centímetros uma da outra (já que essa é a distância média entre os olhos de uma pessoa). E nesse processo ainda devem ser controlados zoom, foco, abertura, enquadramento (que deve ser exatamente o mesmo) e o ângulo relativo entre elas. Não é uma tarefa fácil ou que você possa fazer na sua casa. Ou melhor, até é possível, mas é um processo bem trabalhoso.

Um truque utilizado pela indústria é filmar através de uma lente e usar um espelho para projetar uma imagem deslocada em uma segunda lente. A imagem refletida é girada e invertida antes da edição do filme. E, por se tratar de um espelho, é preciso fazer ainda as correções de cores e brilhos necessárias para que não dê a impressão de imagens distintas.

Porque o 3D é a menina dos olhos do entretenimento

Grande parte das tecnologias desenvolvidas para as áreas de entretenimento nasceram de experiências realizadas primeiramente no mundo do cinema. E o cinema, por sua vez, “brinca” de ser laboratório apenas quando se sente ameaçado. Foi assim quando a TV se desenvolveu que o cinema procurou aperfeiçoar a qualidade das projeções.

Quando a TV começou a crescer, com o home vídeo, vieram as novidades em termos de som e imagens digitais. E agora, quando ter um cinema em casa já não é mais novidade e o acesso a qualquer produto de entretenimento ficou mais fácil graças  à internet, os efeitos em 3D surgem como uma salvação para a indústria.
Telas em 3D começam a chegar ao Brasil.

As explicações para isso são simples. Em primeiro lugar o 3D, por enquanto, é a arma mais eficaz para combater a pirataria. Qualquer espectador mal intencionado, com uma câmera na mão, que tentar entrar numa sala de exibição 3D para tentar filmar a tela e jogar na internet vai se dar mal. Sem os óculos especiais as imagens que compõe a projeção 3D não passam de um borrão na tela.

Com o avanço das tecnologias de home theater, é bem possível que muitas pessoas já tenham em casa  salas de cinema melhor estruturadas do que muitos cinemas pequenos, com antigas estruturas. Com isso, muito se perguntam: porque pagar mais caro para ver um filme no cinema se pode ver com uma qualidade quase igual no conforto da minha casa? Nesse quesito o 3D surge com um diferencial. Afinal, por mais que exista qualidade de projeção, ainda não existe nada feito em 3D para ser exibido em home vídeo com a mesma qualidade que você encontra nas telonas.

As salas de cinema IMAX

Em termos de tecnologia 3D não há novidades nas salas de cinema IMAX. O que acontece nelas é a potencialização tanto do áudio quanto do vídeo nas melhores condições possíveis para que sua experiência seja algo realmente tridimensional.

A começar pelo tamanho da tela. Ela mede 12 metros de altura por 22 metros de largura. São 264 metros quadrados apenas de tela. Além disso, o som utilizado nessas salas chega a ter 14 mil watts de potência. Mesmo em condições normais de projeção, sem o 3D, isso já o suficiente para  deixá-lo  bastante impressionado.
Realismo absoluto nas cenas em terceira dimensão.

A geometria das salas também é personalizada, visando maximizar o campo de visão do espectador. A tela de uma sala IMAX é levemente côncava, o que colabora para a ampliação do campo. Por enquanto no Brasil são apenas duas salas. Uma em São Paulo e, a maior delas, em Curitiba.

Questão de tempo para outra mudança acontecer

Se a indústria cinematográfica é pioneira, por outro lado, não é a única e também está sujeita  a evolução cada vez mais rápida das novas tecnologias. A maior prova disso é que, enquanto o 3D dá os primeiros passos nos cinemas brasileiros (atualmente o país conta com 67 salas de exibição nesse formato) fora da grande tela outras mídias já dão seus primeiros passos em direção a essa nova realidade.

Nesta semana o YouTube disponibilizou um dos primeiros vídeos de experimentação em 3D do site. A ideia é que os usuários, tendo em mãos um dos vários tipos de óculos que permitem a visualização de imagens em três dimensões, possam relatar o que viram e, com isso, possa ser aprimorada a experiência de exibições como essa.

Com as televisões não é diferente. No início do ano, durante a CES (Consumer Electronics Show) 2009, uma das principais feiras do segmento de eletroeletrônicos do mundo, empresas como a Sony, Panasonic, Samsung, LG e Mitsubishi mostraram alguns protótipos de TVs especiais com capacidade 3D.

Ainda não há uma data para o seu lançamento oficial, mas de acordo com a Panasonic a ideia é colocar o produto à  venda já em 2010. O grande diferencial deste produto é que eles dispensam a necessidade dos óculos 3D. Embora ainda com falhas, é uma mostra que há um bom potencial de desenvolvimento nesse quesito.

A Philips também tem alguns aparelhos como esse em teste sendo comercializados para grandes corporações. Estimativas dão conta que o preço desses aparelhos, que utilizam uma tecnologia batizada de WoW vx, gira na faixa de onze mil euros.

Pequenos avanços colocados no mercado nos últimos anos estão tornando essa possibilidade mais real. Um deles é o aumento da frequência das telas de LCD, de 60 Hz para freqüências de 120 Hz e 240 Hz. Isso permite imagens em movimento mais nítidas e com menos borrões durante as transições.

Como isso é possível sem os óculos?

A grande sacada do efeito em 3D sem óculos está nas telas de cristal líquido. Quando combinadas lentes especiais (visores autoestereoscópicos) com a maior frequência de transição de imagens, o resultado é a projeção de uma imagem que é captada pelo olho humano como sendo em terceira dimensão.

Como explicamos, a projeção 3D simula a visão do olho humano e, por isso, tanto na captação quanto na projeção, é preciso duas imagens para simular os olhos esquerdo e direito e compor uma única imagem.  Na televisão 3D são geradas duas imagens simultâneas, que vistas através de uma lente no próprio cristal líquido, fazem com que o cérebro perceba apenas uma única imagem, criando a ilusão da terceira dimensão.
O futuro vai invadir sua casa.

Os custos ainda são proibitivos e há muito a ser desenvolvido. Segundo especialistas, os efeitos por enquanto só são perceptíveis de maneira convincente em telas maiores do que 50 polegadas. Além disso, não basta ter uma TV em terceira dimensão é preciso que haja conteúdo sendo produzido também para esse formato. E aí entra em cena também a necessidade de popularização do Blu-ray, mídia que dá suporte a essa alta resolução necessária.

Terceira dimensão na palma da sua mão

Depois das TVs os próximos a ganhar telas 3D serão os celulares, players e iPods. Mas se anteriormente dissemos que a percepção do 3D só é eficiente em aparelhos de TV superiores as  30 polegadas, como isso será possível nas pequenas telas dos celulares?

Na tecnologia móvel 3D é você quem fará a diferença. Quanto mais próximo você chegar do aparelho, menor será o campo da sua visão (o espaço entre você e o aparelho), mas seu campo de visão (o espaço que você enxerga) permanece o mesmo.

A ideia não é nova, apenas o seu desenvolvimento é que é. A Sharp lançou  em 2003 um modelo 3D no Japão. Equipamentos como esse não fizeram sucesso ainda pelo simples fato que praticamente não há conteúdo disponível nesse formato para os aparelhos. Se você já é usuário do iPhone também pode assistir a vídeos em 3D, mas para isso vai precisar usar óculos especiais.

E você, já teve experiências com imagens em terceira dimensão? O que achou? Essa nova tecnologia é tão revolucionária mesmo a ponto de valer a pena tanto investimento sobre ela? Queremos saber a sua opinião!